Novo sambódromo do Rio terá 12,5 mil lugares a mais em 2012

Folião que é folião já marcou na agenda: o carnaval 2012 é daqui a exatos três meses. As obras do novo sambódromo- palco principal dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro - estão a todo vapor. Após a reforma, o espaço vai ganhar 12,5 mil a mais. Por enquanto, a Marquês de Sapucaí é tomada por máquinas e entulhos.

A previsão de entrega da passarela do samba é dia 8 de janeiro, início dos ensaios técnicos das escolas.

A grande reforma realizada no sambódromo pode ser resumida da seguinte forma: tudo que existe de um lado da Marquês de Sapucaí está sendo construído do outro, como se fosse um espelho, mas com algumas diferenças. Os camarotes terão varanda e vão ocupar dois andares em cada um dos quatro blocos de arquibancadas e frisas que vão surgir.

Em relação ao prazo para a entrega das obras, basta lembrar que o sambódromo original foi inaugurado depois de apenas quatro meses de obras. Foi à toque de caixa, para substituir as estruturas tubulares que serviam de arquibancada. O monta e desmonta acontecia não na Avenida Marquês de Sapucaí, mas na Rua Marquês de Sapucaí.

Nesses anos todos, o desfile das escolas de samba mudou. As técnicas de construção também. O entulho agora é reaproveitado. E com as novas arquibancadas virão novas torres de iluminação.

Novo marco
As escolas acompanham de perto as mudanças: “Um marco novo para o carnaval, porque vai ser uma pista nova, com uma outra arquibancada, com outro sistema de som que vai ter que ser reprojetado. Ou seja, as melhorias para o espetáculo e para o público vão ser imensas”, disse Edson Marcos, engenheiro da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa).

Cerca de 430 operários atuam nas obras do novo sambódromo. É gente de todo o Brasil, como um piauiense, que está pela primeira vez no Rio: "Mas ainda estou com vontade de ir às praias aí, ver o movimento nas praias aí, dizem que é muito bom", disse ele.

Outro operário responsável pela reforma é um gaúcho, que está há cinco meses de longe da família: "A saudade é enorme né? Mas fazer o quê? Tem que vir, o serviço lá está pouco. Tem que correr atrás de um salário melhor", contou.

A obra pretende ainda resgatar o projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer, que previa um equilíbrio entre os dois lados do Sambódromo. Para o engenheiro Fred Boabaid, a passarela do samba ficará mais bonita: "Vai ficar muito mais caloroso. Eu acho que com a plateia dos dois lados, vai ficar muito mais quente o clima para quem desfila, vai falar mais ao coração", afirmou.